Ouço Ravel como quem escuta uma puta, presto mais atenção às suas belezas naturais do que às suas notas. Eu estava pronto para escrever isso em uma rede social, na rede social, se não fosse o fato de minha actual condição como membro de alto cargo de uma instituição religiosa me privasse de certos privilégios, me fadando a outros, como é notório.
Meus dias em Salamanca por vezes tornam-se entediantes, não pelo fato de Salamanca ser entediantes, mas sim pelo simples fato de eu ser quem sou, esse preguiçoso “amante” do lar.
Os dois quilômetros que me separam do centro e da perversão, se é que se podemos chamar o Kandhavia e o Irish Theatre de perversão, me cansam só de pensar. Mas há prostíbulos, com certeza há, mas o fato de ter que pagar para ter sexo me desencoraja, não por eu não ter condição para tal, qual membro de alto cargo de uma instituição religiosa, condição é o que não me falta, mas por um fator chamado princípios, meus próprios princípios que me diz que não devo pagar para satisfazer prazer carnal tal qual esse que a outra parte não pagou, por assim dizer, para fornecer - salvo em países mais baixos.
Invejo Dorian Grey, sempre o invenjei, quando digo sempre quero dizer, sempre desde que o conheço e o entendo por Oscar Wilde; invejo-o mas quando surge uma oportunidade, a oportunidade, eu me pego a beleza e recuo ante a uma trans que não possui o padrão que eu pré-conceituei pelas photos do happn.
Fosse eu membro do alto grau da sociedade elitista inglesa do tempo vitoriano, talvez me valesse do padrão de beleza da época e follaria com aquela que me desiludiu.
Sexo Cosmopolita | Menage Swing Voyeurismo Sexo
Um Caso de Paixão | Mestiço e Vampira Permitem-se
Apesar da
minha casta pertencer a uma genealogia de híbridos-mestiços e estes não se
darem muito com a casta dos imortais terrenos, vulgo vampiros, apaixonei-me por
uma europeia, proveniente da Legião dos Druídas e amante dos prazeres da carne
mortal.
Foi num Outono
como este, precisamente no dia em que a cristandade vulgar chama de “Dia de
Todos os Santos” que tive o prazer de a tocar. Sim, era uma Santa, a mais pura
das Santas Carnais; era quente, mas possuía um hálito gélido e um respirar
impercetível, tal como o das Ninfas.
Estava lá imóvel, petrificada, diante de um túmulo que
segundo ela pertencia à sua mãe mortal. Tinha longos cabelos lisos em tons
mestiços de dourado, castanho, preto e púrpura. Possuía um esguio pescoço e
tenra pele clara com bochechas levemente rosadas. No seu busto, um decote em
"V" pouco cavado de onde caía um medalhão de prata com o Símbolo dos
Perfeitos. Vestia uma t-shirt cor de vinho a combinar com o batom da mesma cor.
Os seus quadris estavam cingidos com um cinto grosso em pele castanha e as suas
calças eram de uma ganga escura. Os seus pés estavam cobertos com botas
castanhas, também em pele. Sobre si ainda havia uma capa preta com um capuz não
vestido, como o dos monges.
O seu forte olhar penetrou-me a alma. Não foi eu que a
escolhi, fui possuído por aquele olhar que não definia-se em cor, muito menos
em forma. Ela veio na minha direção e senti-me impotente, sem poder fazer nada
a não ser fita-la.
Parou a centímetros de distância de mim e senti ai,
quando que ela entreabriu os lábios, mostrando as suas presas brancas como o
mais puro marfim, o seu gelado hálito.
Ela virou-se e pôs-se a andar, eu segui-a
instintivamente. Movia-se por entre as campas com todo o ár da graça eterna e
eu com ela.
Saímos do cemitério e pusemo-nos a caminho de um
Mosteiro. Ao chegarmos, ela teve cuidado para que ninguém nos estivesse a
observar e encostando-se à porta, com um forte movimento, a abriu. Eu já estive
ali há algum tempo atrás, mas nunca consegui abrir aquele acesso. Puxou-me fortemente
para dentro do Mosteiro e fechou a entrada atrás de mim.
Com a presença dela, todos os espíritos, que outrora
ouvia-se no interior do edifício antigo, cessaram seus choros e lamentos;
estava ali a poderosa dos mundos, a autoridade da carne imortal que podia
somente com sua presença silenciar todas as Ordens de Mortais.
Víamos que todos estavam encostados nas paredes e nenhum
deles ousava sequer nos fitar.
Saímos do grande salão principal e penetramos no jardim
do Mosteiro, este estava estranhamente
quente, em total divergência com a temperatura do gélido dia. Paramos no meio,
ela virou-se para mim e deixou a sua capa preta cair atrás de si; deu um passo
na minha direção, encostando-se a mim. Cheirou-me todo pescoço, pude sentir os
seus lábios deslizando suavemente na minha jugular. Foi subindo até as minhas
bochechas e rapidamente os seus lábios estavam próximos dos meus, não resisti e
virei o meu rosto a fim de que nossos
lábios se encostassem. De súbito, ela afastou-se e declinou a cabeça reprovando
o meu ato.
Mais uma vez ela aproximou-se, desta vez deixei-a para
que ela executa-se todo o seu ritual, sem nada tentar. Cheirou-me novamente e
quando próximo estava dos meus lábios, mordiscou-os levemente. Estavam secos,
tanto os meus quanto os dela, apeteceu-me molha-los com a ponta da minha
língua, entretanto contive-me para não correr o risco de atrapalha-la
novamente.
Após mordiscar os meus lábios inferiores ela passou a
ponta de sua língua no superiores, molhando-os da direita para a esquerda, como
quem sela uma carta, então entreabriu minha boca com a sua língua que
voluptuosamente invadiu meu interior e foi rapidamente encontrar-se com a
minha. Passei a movimentar minha língua com a dela e nossos corpos ficaram
ainda mais colados.
Eu Exitava-me a cada movimento de sua língua junto a
minha e com os movimentos do seu quadril colado ao meu. Estávamos num bailar
provocante, luxuriante.
Ela retirou o casaco de pele preto q’eu estava trajando e
colocou as suas quentes mãos por debaixo da minha t-shirt, nas minhas costas.
Minha espinha arrepiou-se.
Minhas mãos começaram a percorrer as suas costas, também
por debaixo da sua t-shirt e foi descendo até a sua cintura. Comprimi o seu
sexo junto ao meu e forcei os nossos quadris ao ritmo do seu movimento. Delírio!
Logo a minha t-shirt foi removida e a dela em seguida.
Estava sem sutiã. Os seus seios são bem fartos, com bicos rosados e entumecidos
pelo desejo. Minha boca tomou conta do seu pescoço enquanto ela arranhava as
minhas costas. A minha boca passou da sua orelha para o seu ombro e jogando-a
um pouco para trás recostei meus lábios em seus mamilos rijos. Passei minha
língua em torno de cada um e passei a suga-los com voracidade. As suas mãos
afrouxaram o meu cinto e desabotoaram o botão das minhas calças, logo eram as
suas mãos que estavam lá dentro. Ela colocou uma de suas mãos por dentro da
minha boxer e segurou meu membro rijo; apertou-o fortemente, massageando-o com
seus dedos.
Abaixou-se em minha frente mirando o meu sexo, ainda eu
sua mão, lentamente foi chegando o seu rosto perto dele e passou a lamber sua
cabeça já pulsante. Colocou-o por inteiro dentro da sua boca, pude sentir sua
garganta na ponta dele. Sugou-o vorazmente enquanto com as suas mãos
massageavam minhas nádegas e os meus testículos.
Manteve-se assim por um longo período até que
levantou-se; ajudou-me a retirar as calças e levou-me até uma pequena fonte que
estava mais a Este no jardim. Virou-se de costas pra mim e fez com que
abraça-se-a junto a fonte. Guiou minhas mãos até a barguilha das suas calças e
fez-me desabotoa-la. Retirei as suas calças juntamente com a sua cueca de cor
carmesim. Meu membro recostava-se em suas nádegas enquanto ela abria-as a fim
de q’eu pudesse sentir o seu anús, onde julguei que ela queria ser penetrada.
Não pronunciamos nenhuma palavra, só sentimos-nos. - Photo de Joana Pereira - |
Não pronunciamos nenhuma palavra, só sentimos-nos.
- Photo de Joana Pereira -
Nesse instante não conseguia pensar em nada a não ser
possui-la ali, nú, sem nada que pudesse estar no nosso meio.
Ela virou-se de frente, colocou uma das suas pernas sobre
o beiral da fonte e passou a masturbar-se. Baixei-me na sua frente e passei a
lamber todo o seu sexo que exalava um suave odor, uma fragrância pura e
penetrante. Passava minha língua sobre os lábios do seu sexo e sorvia o néctar
que dele saia. Sua entrada dilatava-se e comprimia-se à medida que a minha
língua penetrava-a e volvia-se em direção ao seu clítoris. Ela fazia movimentos
para a frente e para trás com o seu quadril e passava a emitir um som
estridente e baixo parecendo provir das suas entranhas. Foi o primeiro som que
a ouvi emitir. As suas mãos afagavam cada vez mais forte os meus cabelos e ao
sentir que ela estava próximo do climax. Parei.
Ela então levantou-me e trocando a posição das suas
pernas, passou a encostar meu pénis na sua vagina, passando-o nos seu lábios
vaginais. De súbito passou a penetrar-se com ele e num lance único engoliu-o
todo. Passei a invadi-la com movimentos contínuos enquanto as minhas mãos
afagavam a sua nuca. Beijamo-nos loucamente.
Desencaixe-me dela e a coloquei-a de costas para mim, fiz
com que colocasse as suas mãos na beira da fonte e arrebitasse suas nádegas,
afastei um pouco as suas pernas e passei a penetra-la assim, quase que de
quatro. Sua anca volumosa excitava-me bastante. Ela então, depois de algumas
estocadas, retirou o meu membro de dentro de dela e posicionou-o no seu ânus;
ele entrou vagarosamente enquanto que dela vinha gemidos de dor e prazer. Assim
que a penetrei por completo passei a socar com força no seu interior. Segurei
os seus braços e a cada estocada ouvia-se um grave gemido da sua parte. Quando
senti que estava quase a gozar retirei o meu membro novamente e fiz com ela se
abaixasse. Ejaculei sobre o seu delicado rosto diabólico, meio anjo, meio
demónio. Entretanto queríamos mais. Ela sugou todo o caldo que dele escorria
levando-me à loucura e passando as suas pernas sobre a minha cintura
encaixou-se novamente com a sua vagina a engoli-lo. Passou a rebolar sobre ele
abraçada a mim, as minhas pernas já bambas tremiam, mas o prazer era maior.
Passei a semi-saltar com ela encaixada sobre mim;
jogando-a um pouco para trás, mordiscava e sugava os seus mamilos. O seu sexo
foi ficando cada vez mais apertado e meu membro grosso. Senti que o clímax
estava a aproximar-se, desta vez para ambos. Aumentei os meus movimentos e
gozamos em simultâneo, diminuí um pouco os movimentos e entretanto ela mesma
fez-me aumenta-los e veio-se uma segunda e terceira vez. Destas últimas vezes
os seus gemidos foram mais altos e temi que fossem ouvidos fora do Mosteiro.
Exausto, sentei no beiral da fonte, tendo-a ainda encaixada no meu membro.
Beijamo-nos suculentamente e só então percebi que já se fazia noite e a Lua
Cheia iluminava os nossos corpos desnudos no meio do jardim do Mosteiro.
Eu qual mestiço, ela qual vampira.
Não pronunciamos nenhuma palavra, só sentimos-nos.
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