Um Caso de Paixão | Mestiço e Vampira Permitem-se


      Apesar da minha casta pertencer a uma genealogia de híbridos-mestiços e estes não se darem muito com a casta dos imortais terrenos, vulgo vampiros, apaixonei-me por uma europeia, proveniente da Legião dos Druídas e amante dos prazeres da carne mortal.


 Foi num Outono como este, precisamente no dia em que a cristandade vulgar chama de “Dia de Todos os Santos” que tive o prazer de a tocar. Sim, era uma Santa, a mais pura das Santas Carnais; era quente, mas possuía um hálito gélido e um respirar impercetível, tal como o das Ninfas.
Estava lá imóvel, petrificada, diante de um túmulo que segundo ela pertencia à sua mãe mortal. Tinha longos cabelos lisos em tons mestiços de dourado, castanho, preto e púrpura. Possuía um esguio pescoço e tenra pele clara com bochechas levemente rosadas. No seu busto, um decote em "V" pouco cavado de onde caía um medalhão de prata com o Símbolo dos Perfeitos. Vestia uma t-shirt cor de vinho a combinar com o batom da mesma cor. Os seus quadris estavam cingidos com um cinto grosso em pele castanha e as suas calças eram de uma ganga escura. Os seus pés estavam cobertos com botas castanhas, também em pele. Sobre si ainda havia uma capa preta com um capuz não vestido, como o dos monges.
O seu forte olhar penetrou-me a alma. Não foi eu que a escolhi, fui possuído por aquele olhar que não definia-se em cor, muito menos em forma. Ela veio na minha direção e senti-me impotente, sem poder fazer nada a não ser fita-la.
Parou a centímetros de distância de mim e senti ai, quando que ela entreabriu os lábios, mostrando as suas presas brancas como o mais puro marfim, o seu gelado hálito.
Ela virou-se e pôs-se a andar, eu segui-a instintivamente. Movia-se por entre as campas com todo o ár da graça eterna e eu com ela.
Saímos do cemitério e pusemo-nos a caminho de um Mosteiro. Ao chegarmos, ela teve cuidado para que ninguém nos estivesse a observar e encostando-se à porta, com um forte movimento, a abriu. Eu já estive ali há algum tempo atrás, mas nunca consegui abrir aquele acesso. Puxou-me fortemente para dentro do Mosteiro e fechou a entrada atrás de mim.
Com a presença dela, todos os espíritos, que outrora ouvia-se no interior do edifício antigo, cessaram seus choros e lamentos; estava ali a poderosa dos mundos, a autoridade da carne imortal que podia somente com sua presença silenciar todas as Ordens de Mortais.
Víamos que todos estavam encostados nas paredes e nenhum deles ousava sequer nos fitar.
Saímos do grande salão principal e penetramos no jardim do Mosteiro, este estava  estranhamente quente, em total divergência com a temperatura do gélido dia. Paramos no meio, ela virou-se para mim e deixou a sua capa preta cair atrás de si; deu um passo na minha direção, encostando-se a mim. Cheirou-me todo pescoço, pude sentir os seus lábios deslizando suavemente na minha jugular. Foi subindo até as minhas bochechas e rapidamente os seus lábios estavam próximos dos meus, não resisti e virei o meu rosto a fim de que  nossos lábios se encostassem. De súbito, ela afastou-se e declinou a cabeça reprovando o meu ato.  
Mais uma vez ela aproximou-se, desta vez deixei-a para que ela executa-se todo o seu ritual, sem nada tentar. Cheirou-me novamente e quando próximo estava dos meus lábios, mordiscou-os levemente. Estavam secos, tanto os meus quanto os dela, apeteceu-me molha-los com a ponta da minha língua, entretanto contive-me para não correr o risco de atrapalha-la novamente.
Após mordiscar os meus lábios inferiores ela passou a ponta de sua língua no superiores, molhando-os da direita para a esquerda, como quem sela uma carta, então entreabriu minha boca com a sua língua que voluptuosamente invadiu meu interior e foi rapidamente encontrar-se com a minha. Passei a movimentar minha língua com a dela e nossos corpos ficaram ainda mais colados.
Eu Exitava-me a cada movimento de sua língua junto a minha e com os movimentos do seu quadril colado ao meu. Estávamos num bailar provocante, luxuriante.
Ela retirou o casaco de pele preto q’eu estava trajando e colocou as suas quentes mãos por debaixo da minha t-shirt, nas minhas costas. Minha espinha arrepiou-se.
Minhas mãos começaram a percorrer as suas costas, também por debaixo da sua t-shirt e foi descendo até a sua cintura. Comprimi o seu sexo junto ao meu e forcei os nossos quadris ao ritmo do seu movimento. Delírio!
Logo a minha t-shirt foi removida e a dela em seguida. Estava sem sutiã. Os seus seios são bem fartos, com bicos rosados e entumecidos pelo desejo. Minha boca tomou conta do seu pescoço enquanto ela arranhava as minhas costas. A minha boca passou da sua orelha para o seu ombro e jogando-a um pouco para trás recostei meus lábios em seus mamilos rijos. Passei minha língua em torno de cada um e passei a suga-los com voracidade. As suas mãos afrouxaram o meu cinto e desabotoaram o botão das minhas calças, logo eram as suas mãos que estavam lá dentro. Ela colocou uma de suas mãos por dentro da minha boxer e segurou meu membro rijo; apertou-o fortemente, massageando-o com seus dedos.
Abaixou-se em minha frente mirando o meu sexo, ainda eu sua mão, lentamente foi chegando o seu rosto perto dele e passou a lamber sua cabeça já pulsante. Colocou-o por inteiro dentro da sua boca, pude sentir sua garganta na ponta dele. Sugou-o vorazmente enquanto com as suas mãos massageavam minhas nádegas e os meus testículos.
Manteve-se assim por um longo período até que levantou-se; ajudou-me a retirar as calças e levou-me até uma pequena fonte que estava mais a Este no jardim. Virou-se de costas pra mim e fez com que abraça-se-a junto a fonte. Guiou minhas mãos até a barguilha das suas calças e fez-me desabotoa-la. Retirei as suas calças juntamente com a sua cueca de cor carmesim. Meu membro recostava-se em suas nádegas enquanto ela abria-as a fim de q’eu pudesse sentir o seu anús, onde julguei que ela queria ser penetrada.
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Não pronunciamos nenhuma palavra, só sentimos-nos. - Photo de Joana Pereira -


Não pronunciamos nenhuma palavra, só sentimos-nos.
- Photo de Joana Pereira -
Nesse instante não conseguia pensar em nada a não ser possui-la ali, nú, sem nada que pudesse estar no nosso meio.
Ela virou-se de frente, colocou uma das suas pernas sobre o beiral da fonte e passou a masturbar-se. Baixei-me na sua frente e passei a lamber todo o seu sexo que exalava um suave odor, uma fragrância pura e penetrante. Passava minha língua sobre os lábios do seu sexo e sorvia o néctar que dele saia. Sua entrada dilatava-se e comprimia-se à medida que a minha língua penetrava-a e volvia-se em direção ao seu clítoris. Ela fazia movimentos para a frente e para trás com o seu quadril e passava a emitir um som estridente e baixo parecendo provir das suas entranhas. Foi o primeiro som que a ouvi emitir. As suas mãos afagavam cada vez mais forte os meus cabelos e ao sentir que ela estava próximo do climax. Parei.
Ela então levantou-me e trocando a posição das suas pernas, passou a encostar meu pénis na sua vagina, passando-o nos seu lábios vaginais. De súbito passou a penetrar-se com ele e num lance único engoliu-o todo. Passei a invadi-la com movimentos contínuos enquanto as minhas mãos afagavam a sua nuca. Beijamo-nos loucamente.
Desencaixe-me dela e a coloquei-a de costas para mim, fiz com que colocasse as suas mãos na beira da fonte e arrebitasse suas nádegas, afastei um pouco as suas pernas e passei a penetra-la assim, quase que de quatro. Sua anca volumosa excitava-me bastante. Ela então, depois de algumas estocadas, retirou o meu membro de dentro de dela e posicionou-o no seu ânus; ele entrou vagarosamente enquanto que dela vinha gemidos de dor e prazer. Assim que a penetrei por completo passei a socar com força no seu interior. Segurei os seus braços e a cada estocada ouvia-se um grave gemido da sua parte. Quando senti que estava quase a gozar retirei o meu membro novamente e fiz com ela se abaixasse. Ejaculei sobre o seu delicado rosto diabólico, meio anjo, meio demónio. Entretanto queríamos mais. Ela sugou todo o caldo que dele escorria levando-me à loucura e passando as suas pernas sobre a minha cintura encaixou-se novamente com a sua vagina a engoli-lo. Passou a rebolar sobre ele abraçada a mim, as minhas pernas já bambas tremiam, mas o prazer era maior.
Passei a semi-saltar com ela encaixada sobre mim; jogando-a um pouco para trás, mordiscava e sugava os seus mamilos. O seu sexo foi ficando cada vez mais apertado e meu membro grosso. Senti que o clímax estava a aproximar-se, desta vez para ambos. Aumentei os meus movimentos e gozamos em simultâneo, diminuí um pouco os movimentos e entretanto ela mesma fez-me aumenta-los e veio-se uma segunda e terceira vez. Destas últimas vezes os seus gemidos foram mais altos e temi que fossem ouvidos fora do Mosteiro. Exausto, sentei no beiral da fonte, tendo-a ainda encaixada no meu membro. Beijamo-nos suculentamente e só então percebi que já se fazia noite e a Lua Cheia iluminava os nossos corpos desnudos no meio do jardim do Mosteiro.
Eu qual mestiço, ela qual vampira.

Não pronunciamos nenhuma palavra, só sentimos-nos.


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